Translate

domingo, 9 de dezembro de 2012

Hoje eu nao vou falar de tristeza.
Muito menos de cafes quentes e obscuros.
Acordei e vi a luz do dia e eu nem percebi que ainda sao 9:00 AM.
Nao tem acucar para por no cafe , mas ele nao seria ainda assim tao triste.
- Bom dia.
Disse ela, aos que estavam ao seu redor cheios de expressoes de duvidas.
- Eu disse , bom - dia!
Todos responderam:
- Bom dia.
E Ela foi para casa depois da feira. Comprou coisas soltas e que de alguma forma a faziam bem.
So nao comprou o acucar.
As vezes eh  necessário o cliche , para que percebamos que ironizar as simples coisas da vida nao faz de ninguem forte.
Eh como se manter sempre na area azul da vida.
Sem nunca nem ter visto a placa vermelha, correndo perigo. coitada daquela placa.
Bom mesmo eh  viver sem direcoes, numa circunferencia.
Talvez seja essa a ironia semelhante a vida.
O planeta, os ciclos, os olhos , a roda, o anel, o sol, o seio, o encaixe...
E pronto, mais um simples cliche.
O atual mundo " pos-moderno " eh metade vazio e meteade meio cheio de " bons-dias" vazios em que um se destaca por ser um pouco mais cheio e deixa uma ponta de esperanca no nariz de quem ainda acredita.
- Acho que Sr . Filts nao vai querer que eu va trabalhar hoje.
- Tudo Bem, Ana, apesar das suas faltas , eu entendo.
Mentira.
Duas semanas depois ele nao havia entendido.
Ana foi atras de outra direcao encurvada. Encontrou um banco de madeira, aqueles, que nem os do Campo grande , sentou-se. O Aconchego do centro tomou-se sobre ela.
Pensou em como seria cheio o onibus daquela vez. Horario da busca pelo descanso, de todas as massas.
Pegou seu onibus lotado. Olhou aqueles rostos e expressoes que nao se encaixavam. nao tinham porque se encaixar ; Ana queria embaralha-los.
Chegou em casa e tomou seu cafe sem acucar.
Ana esta bem, mas ela sabe que outras Ana's nao.
Ana dormiu com um sorriso dourado.

Um comentário: